sábado, outubro 16, 2004

Para pensar...

Na net encontramos diverso tipo de informação... Todos nós recebemos imenso correio electrónico sem valor absolutamente nenhum! Depois há aquele que valorizamos, por diversos motivos... Devo confessar que, ultimamente, é pouco o correio que recebo "personalizado", ou seja, na maioria das vezes trata-se de mensagens, fotos, power point... reencaminhados e para uma lista infindável de contactos. Alguns são úteis, interessantes, engraçados... Outros nem por isso! Fica o simbolismo do facto daquele amigo se ter lembrado de nós ao enviar o mail...

Tudo isto para dizer que, algumas vezes, há mensagens que realmente valem a pena serem lidas, independentemente de quem enviou ou da intenção com que o fez... Uma destas continha o texto que transcrevo a seguir, com o objectivo de o partilhar. Foi algo que gostei de ler, algo que me fez pensar, por variados motivos!



Posted by Hello


"Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na cama, durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.

Os dois homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, de onde tinham passado as férias... E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto, todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água, enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem, e uma ténue vista da silhueta da cidade podia ser reconhecida no horizonte. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena. Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto ela era retratada através de palavras bastante descritivas.

Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos e encontrou o corpo sem vida do homem da cama perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.

Lentamente e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo! O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. "Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".

Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada."

3 comentários:

sapokita disse...

Lá está, o coraçao vê mais que os olhos, pois este tem sentimentos e como tal o descrever de uma piasagem com o coraçao resulta numa apreciaçao muito mais detalhada, apaixonante enfim...
E vem a contrariar aquele proverbio que diz "o que os olhos nao vêm o coraçao nao sente", pois se o cego foi capaz de ver isso tudo com o coraçao e para descrever assim uma paisagem tambem deve ter sentido tudo o que descreveu, e como tal apesar de nao ver ele sentiu.
Para mim o melhor proverbio é aquele que diz "Só é cego aquele que nao quer ver", porque até um cego consegue imaginar(ver) muitas coisas ao sentir os aromas, sabores, etc...
Nao sei se me fiz entender, mas eu tentei.Se a intençao contar...

Raquel Reis disse...

Miho: pois é, dá k pensar. e se penso, logo exausto! ;)
a sério, inda bem k gostast, tb o axo linduh! aliás, lindão! :) ***

Raquel Reis disse...

sara: realmente a "história" n podia ser + kontra "o k os olhos n vêm o koração n sente"... a verdd é ko koração, às vezes, "vê" mais k os olhos! só k km n faz parte da sua função... às vezes precisa d ókulos!...
m definitivamente konkordo k n precisamos ver para sentir... há tta koisa k sentimos sem ver... tta!... ***